22/04/2025 às 11:52
No dia 14 de abril, em um dos seus últimos atos, o Papa Francisco autorizou o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, a promulgar o decreto relativo à beatificação do sacerdote missionário italiano no Brasil, Padre Nazareno Lanciotti, que virou mártir por sua trajetória religiosa aqui. Esse é o passo anterior para se tornar santo.
O seu trabalho pastoral teve forte impacto na região, com a fundação de um asilo, um hospital e uma escola comunitária. Lanciotti também fundou a Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, criou 57 comunidades eclesiais rurais e um seminário.
Durante suas atividades missionárias na região, se engajou em movimentos que combatiam a exploração de crianças e adolescentes, a prostituição e o tráfico de drogas.
Há registros de que o Padre Nazareno chegou a se ajoelhar em um confronto armado para evitar mortes em um conflito agrário. O sacerdote se tornou alvo de perseguições e intimidações, de acordo com relatos da Arquidiocese de Cuiabá.
Em fevereiro de 2001, enquanto terminava o jantar com alguns colaboradores, foi gravemente ferido por arma de fogo por dois criminosos encapuzados que entraram na casa paroquial. Ele morreu aos 61 anos, num hospital em São Paulo.
Após a morte de Padre Nazareno, em 2001, a comunidade católica passou a pedir a beatificação do padre considerado mártir. A vida dele passou a ser investigada pela igreja; e, mais de vinte anos depois do falecimento, o martírio e a morte causada por ódio à fé, que estão entre os critérios para a beatificação, foram reconhecidos.
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