24/03/2019 às 16:31
Apenas o Sindicato da Educação participou da manifestação. Foram omissos os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e o Sindicato dos Servidores
O Sindicato dos Servidores em Educação de Vieirópolis, no Alto Sertão Paraibano, realizou sexta-feira (22), o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, os trabalhadores e trabalhadoras da educação ocuparam as ruas da cidade contra a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), que reduz o acesso à aposentadoria e restringe o valor do benefício, prejudicando milhões de pessoas, notadamente os que começam a trabalhar mais cedo, e os idosos que vivem em situação de penúria.
Apenas o Sindicato dos Servidores em Educação participou da manifestação. Foram omissos o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.
Bolsonaro quer acabar com a aposentadoria especial dos professores
Os professores e professoras serão uma das categorias mais penalizadas, se a reforma for aprovada. A PEC prevê idade mínima obrigatória para aposentadoria da categoria de 60 anos para homens e mulheres e aumenta o tempo mínimo de contribuição para 30 anos. Quem cumprir esses requisitos terá direito a 80% do valor do benefício. Para ter direito a 100% do benefício é preciso contribuir durante 40 anos. Pelas regras atuais, as professoras se aposentam com benefício integral quando completam 50 anos de idade e 25 anos de contribuição e os professores, 55 anos de idade e 30 anos de contribuição. O ataque atinge todos os setores e é ainda mais duro com as mulheres.
Os professores já são desvalorizados dentro do cenário econômico brasileiro. A categoria recebe baixa remuneração e tem longas jornadas de trabalho. Esperar chegar aos 60 anos para ter direito a se aposentar confere mais uma dificuldade para seguir na profissão e ter condições dignas de vida para as pessoas que são indispensáveis na melhoria da educação no país.
“Nós realizamos esta manifestação contra esta nefasta Reforma da Previdência que afeta todos os trabalhadores inclusive os trabalhadores da educação. Aproveitamos o manifesto para solicitar do prefeito municipal José Célio Aristóteles (Célio da Usina) e ao secretário municipal de Educação, Emanoel Domingos a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remunerações (PCCR) e o reajuste salarial dos regentes de ensino. O sindicato já realizou os atos da sua competência como reuniões, apreciações de tabelas, dentre outros”, disse a presidente do Sindicato dos Servidores em Educação de Vieirópolis, Edilene Maria dos Santos Silva.
“A maioria que compõe a base da educação é mulher. Sair da idade mínima de 50 para 60 anos e ainda ter de contribuir por 40 anos para conseguir receber o valor integral é de uma atrocidade muito grande”, ressaltou a a presidente do Sindicato dos Servidores em Educação de Vieirópolis, Edilene Maria dos Santos Silva.
Abdias Duque de Abrantes
Fonte: Repórter PB
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