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O bom prefeito governa com ética; o mau, com vaidade — e o voto decide quem vence

O prefeito é, por excelência, o gestor mais próximo do povo. É ele quem sente o impacto imediato das demandas sociais

Da Redação Repórter PB

06/10/2025 às 17:04

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Administração Pública ‧ Foto: Freepik

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Ser prefeito, no Brasil, é mais do que administrar ruas, escolas ou hospitais. É gerir destinos. É lidar, diariamente, com o que há de mais concreto na vida pública: o bem comum. Neste 06 de outubro, Dia do Prefeito, é inevitável refletir sobre o verdadeiro papel desse agente político e sobre a responsabilidade que cada cidadão carrega ao escolhê-lo nas urnas.

O prefeito é, por excelência, o gestor mais próximo do povo. É ele quem sente o impacto imediato das demandas sociais, das crises econômicas e das carências estruturais. É também o primeiro a quem a população recorre — quando falta médico, quando a estrada está esburacada, quando a escola não funciona. Por isso, um bom prefeito não é apenas um administrador eficiente: é um líder sensível, capaz de ouvir, planejar e agir com ética, justiça e compromisso.

Mas, na contramão dessa nobre missão, há gestores que transformam a política em instrumento de vaidade ou barganha. São os maus prefeitos, que confundem o poder com privilégio e tratam o cargo público como propriedade pessoal. Sob suas administrações, a cidade se deteriora, o dinheiro público se esvai, e o cidadão, descrente, passa a desacreditar da política como meio de transformação.

O voto, nesse contexto, ganha dimensão moral. Ele não é favor, nem troca. É a maior ferramenta de controle social e de esperança coletiva. Cada voto é uma assinatura em um contrato de confiança. Quando o eleitor vota sem consciência, alimenta o ciclo da mediocridade política; quando vota com discernimento, pavimenta o caminho da mudança.

É preciso, portanto, romper com a cultura do imediatismo e da promessa fácil. O cidadão deve compreender que o bom gestor não é o que distribui benefícios momentâneos, mas o que planeja o futuro, mesmo que as obras mais importantes não deem visibilidade eleitoral. Governar é construir o que muitas vezes não se vê: uma gestão equilibrada, transparente e voltada ao interesse público.

O Dia do Prefeito, mais do que homenagem, é uma oportunidade de introspecção coletiva. De perguntar a nós mesmos: estamos elegendo líderes que representam o que esperamos da política? Ou estamos perpetuando um modelo que confunde poder com favor?

O futuro dos municípios — e, em última instância, do país — nasce no gesto silencioso e poderoso do voto. E o verdadeiro prefeito é aquele que compreende que administrar é servir, e servir é, sobretudo, honrar o povo que o elegeu.

Por Pereira Júnior

Fonte: Repórter PB

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