Sousa/PB -
triunfo

MPC aponta descontrole fiscal em 2022 e gestão de Expedito Filho entra em colapso com dívidas e atraso de salários em Triunfo

A situação descrita no parecer ganha ainda mais gravidade diante da crise financeira admitida pelo prefeito Expedito Filho nas últimas semanas

Da Redação Repórter PB

04/06/2025 às 12:59

Imagem Prefeito, Expedito Filho

Prefeito, Expedito Filho ‧ Foto: Divulgacão

Tamanho da Fonte

O Ministério Público de Contas da Paraíba (MPC), em parecer enviado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), identificou falhas significativas na gestão fiscal da Prefeitura de Triunfo durante o exercício de 2022, sob a responsabilidade do prefeito Expedito Vieira de Lima Filho. A análise foi feita com base na prestação de contas anual e será julgada pela Corte no próximo dia 18 de junho de 2025.

Entre as irregularidades apontadas pelo MPC, destacam-se:

- Descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, com ausência de equilíbrio entre receitas e despesas;
- Insuficiência financeira para cobrir os restos a pagar, comprometendo o exercício seguinte;
- Ausência de medidas de controle de gastos e contenção de despesas obrigatórias, mesmo diante de alertas prévios;
 - Inércia da administração em adotar providências corretivas, ignorando a evolução do desequilíbrio fiscal.

Segundo o órgão, as falhas apontam para uma gestão negligente, sem planejamento eficiente ou respeito aos limites legais de endividamento e execução orçamentária. O parecer do MPC recomenda advertência, aplicação de sanções legais e reprovação das contas do exercício, em razão dos prejuízos à estabilidade financeira e à prestação de serviços públicos essenciais.

A situação descrita no parecer ganha ainda mais gravidade diante da crise financeira admitida pelo prefeito Expedito Filho nas últimas semanas. Em pronunciamento nas redes sociais, o gestor revelou que o município acumula dívida de R$ 3,1 milhões em precatórios, o que motivou bloqueios judiciais no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) — fonte essencial para custeio da máquina pública local.

Como consequência direta, o prefeito anunciou a impossibilidade de pagar integralmente os salários dos servidores municipais, justificando o atraso com a falta de recursos em caixa. Serviços essenciais, como saúde, transporte escolar e manutenção urbana, também sofrem com a escassez orçamentária, o que tem gerado críticas da população e desgaste político.

Com a combinação entre falhas técnicas do passado e o colapso financeiro atual, a administração de Expedito Filho enfrenta uma das fases mais delicadas desde o início do mandato, sob pressão institucional do TCE e do MPC, além de cobrança crescente dos servidores e da sociedade civil organizada.

Fonte: Repórter PB

Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera

Comentários

Aviso Legal: Qualquer texto publicado na internet através do Repórter PB, não reflete a opinião deste site ou de seus autores e é de responsabilidade dos leitores que publicam.