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Campanha

Setembro Amarelo: Hospital de Trauma de João Pessoa realiza Luau da Vida

O evento reuniu colaboradores, acompanhantes e pacientes. A noite foi marcada por muita emoção e palavras positivas que fizeram alusão à valorização da vida.

Da Redação Repórter PB

18/09/2019 às 19:13

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Hospital ‧ Foto: Repórter PB

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O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, realizou, na noite dessa terça-feira (17), um evento denominado "Luau da Vida – Prevenção e Pósvenção ao suicídio". A atividade, que integra a campanha Setembro Amarelo, pontuou formas de como lidar com transtornos mentais, além de servir para orientar sobre a importância de estabelecer diálogo sobre conflitos pessoais.

Para a coordenadora do departamento de Psicologia e do projeto "Ressignificando Vidas", Anne Michelle Paiva, o luau serviu como alerta. “Nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. O dado, da Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequada. A primeira medida preventiva é a educação.”, ressaltou.

O evento reuniu colaboradores, acompanhantes e pacientes. A noite foi marcada por muita emoção e palavras positivas que fizeram alusão à valorização da vida. Foram entoadas canções como: "É preciso saber viver" e "Viver e não ter a vergonha de ser feliz".

Para a acompanhante Michelle Barros, falar sobre suicídio mexe muito com suas emoções, porque ela perdeu um primo recentemente, vítima de suicídio. “Sempre achamos que tragédias nunca nos alcançarão. Meu primo era muito alegre e espontâneo, nunca acharíamos que ele tivesse algum problema e que pior, pudesse ter coragem de finalizar com sua própria vida. Por isto, falar é muito importante”, salientou.

Maria Alice de Lima, psicóloga do HTOP, lembrou que as pessoas que tentam tirar suas próprias vidas precisam ser acolhidas. “É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas que contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade”, frisou.

De acordo com a acompanhante Girlene Conceição, o evento foi muito interessante e produtivo. “Achei maravilhoso o evento, pois pude aprender mais, e a partir de hoje estarei mais atenta às pessoas que me cercam, porque qualquer pessoa pode estar sofrendo e precisando ser ouvida”, ponderou.

Em balanço divulgado em 2018, a OMS estima que, por ano, cerca de 800 mil pessoas cometam suicídio no mundo, o que representa uma morte a cada 40 segundos. Apesar de afetar todo tipo de paciente, independentemente da classe social, o problema atinge, principalmente, as nações em desenvolvimento, que concentram 79% dos casos.

No Brasil, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde, também lançado no ano passado, foram notificadas, em 2016, 11.433 mortes por suicídio, uma taxa de 5,8 por 100 mil habitantes.

Fonte: Repórter PB

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