02/05/2025 às 15:43
Com a consolidação da federação entre União Brasil e Progressistas, a responsabilidade pela condução estratégica da nova estrutura recai sobre duas figuras centrais da política nacional: Antônio Rueda, presidente do União, e o senador Ciro Nogueira, líder do PP. A decisão de unificar os comandos foi tomada para arbitrar os conflitos que já emergem em diversos estados, sendo a Paraíba um dos mais sensíveis.
Conforme informações veiculadas pela imprensa nacional, caberá a Rueda e Nogueira resolver os embates regionais, especialmente aqueles que envolvem pré-candidaturas ao Governo do Estado em 2026. No cenário paraibano, o impasse gira em torno de duas lideranças de peso: o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), herdeiro político do clã Ribeiro e atual integrante da base governista de João Azevêdo, e o senador Efraim Filho (União Brasil), nome forte da oposição e líder da bancada do partido no Senado Federal.
Ambos já se movimentam como pré-candidatos e travam uma disputa interna silenciosa pelo protagonismo da federação no estado. A dificuldade está justamente no fato de que a federação obriga os partidos a agirem como um bloco unificado, o que impede candidaturas duplas ou divisões regionais, sob pena de enfraquecimento e eventual sanção da Justiça Eleitoral.
Além da Paraíba, os estados da Bahia e do Acre também preocupam a cúpula da nova federação. Na Bahia, o União Brasil é oposição ao governador petista Jerônimo Rodrigues, enquanto o PP integra a base governista — cenário que impõe desafios semelhantes ao da Paraíba. No Acre, a disputa entre o governador Gladson Camelli (PP) e o senador Alan Rick (União Brasil) também exigirá intervenção do núcleo nacional da federação.
O desenho da disputa de 2026 dependerá, portanto, da capacidade de Rueda e Nogueira em construir uma equação que preserve os interesses locais, sem comprometer a unidade do projeto nacional. Na Paraíba, o desafio será evitar o racha entre duas lideranças com força política consolidada, histórico eleitoral relevante e ambições legítimas de protagonismo estadual.
Enquanto o cenário segue indefinido, os bastidores fervem e as articulações ganham intensidade. O destino da federação no estado será um teste de fogo para a maturidade da aliança União Progressista.
Fonte: Repórter PB
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