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Déficit na balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 23,5 bilhões em cinco meses, diz Abiquim

O total é 59,4% superior ao registrado no mesmo período de 2021 .

Da Redação Repórter PB

03/07/2022 às 09:00

Imagem Associação Brasileira da Indústria Química

Associação Brasileira da Indústria Química ‧ Foto: Divulgação

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Dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) revelam que o déficit na balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 23,5 bilhões no acumulado de janeiro a maio deste ano. O total é 59,4% superior ao registrado no mesmo período de 2021. 

O diretor de Relações Institucionais da Abiquim, André Passos, explica que os resultados do balanço mostram que houve ainda um saldo negativo inédito de US$ 55 bilhões nos últimos 12 meses, entre junho de 2021 e maio de 2022. 

“Isso é motivo de preocupação, porque significa que uma parte cada vez maior da nossa balança comercial é ocupada por importação de manufaturados, em especial químicos. Com isso, uma parcela cada vez maior do que temos de ganho de exportação está sendo tomada por isso. Precisamos tomar medidas urgentes. Precisamos aumentar a capacidade produtiva no Brasil. O país praticamente abandonou, nas últimas décadas, qualquer política industrial. Isso teve repercussão no volume de investimento na indústria química”, destaca. 

O déficit anual resulta das importações de US$ 71,4 bilhões e das exportações de US$ 16,4 bilhões, em produtos químicos. Esses valores correspondem a aumentos de 17,5% e de 13,4%, respectivamente, na comparação com os dados consolidados do ano passado.

Importações e exportações

Ainda de acordo com a Abiquim, nos primeiros cinco meses de 2022, os produtos para o agronegócio e os produtos farmacêuticos foram os principais grupos da pauta de importação brasileira de produtos químicos. Esses grupos representaram praticamente 2/3 do total de US$ 30,6 bilhões importados pelo país no período.

“Modernamente, não se trabalha mais somente com a ideia de competitividade. Os países trabalham cada vez mais com a ideia de essencialidade, de setores estratégicos, que garantam segurança na cadeia de suprimentos. Se em algum momento faltar determinado produto, significa que aquele ponto na cadeia, que comparativamente a outras nações é mais competitivo, ele desaparece”, considera Passos. 

No caso das exportações, o grupo de produtos inorgânicos diversos (especialmente alumina calcinada) foi o que contou com maiores vendas para fora do Brasil, de US$ 2,3 bilhões, ou seja, um salto de 35% na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

No que diz respeito às quantidades físicas, as aquisições de produtos químicos movimentaram um volume recorde de 22,9 milhões de toneladas. O valor corresponde a um aumento de 6,5%, mesmo diante de um contexto pandêmico e de guerra entre Rússia e Ucrânia. 

Fonte: Brasil 61

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