Sousa/PB -
Desastre

Manchas de óleo chegam a mais de 1 mil pontos do litoral do Nordeste e estados do Sudeste

De acordo com o mais recente balanço do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), com dados até terça-feira (21), 1.004 pontos do país já tiveram registros da poluição.

Da Redação Repórter PB

24/01/2020 às 14:00

Tamanho da fonte

Mais de 1 mil localidades do litoral do Nordeste e dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro foram atingidas por manchas de óleo desde o primeiro avistamento, em 30 de agosto de 2019.

De acordo com o mais recente balanço do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), com dados até terça-feira (21), 1.004 pontos do país já tiveram registros da poluição.

De todas as praias identificadas pelo Ibama desde o final de agosto, 570 estão limpas e 434 localidades ainda seguem com vestígios esparsos de contaminação.

Quase cinco meses após os primeiros indícios do maior desastre ambiental do litoral do país, a origem das manchas segue sendo um mistério.

De acordo com a Marinha, há três principais linhas de investigação: afundamentos recentes ou antigos de navios; derramamento intencional ou acidental; e descarte irregular de tambores de óleo.

Investigações

Desde que as manchas surgiram, diversas hipóteses foram levantadas e até uma operação da Polícia Federal foi deflagrada em buscas de evidências sobre a origem do derramamento de óleo. Em novembro do ano passado, uma operação da PF levantou suspeitas de que um navio grego estaria relacionado com a contaminação do litoral brasileiro.

Em outubro, a Marinha do Brasil disse ter notificado 30 navios-tanque de 10 diferentes bandeiras a prestarem esclarecimentos na investigação sobre a origem do óleo. Ao menos cinco navios gregos foram notificados oficialmente pela instituição, mas apenas três carregavam petróleo venezuelano, do mesmo tipo encontrado na costa brasileira.

Em nota, a Marinha disse ao G1 que segue trabalhando em diversas linhas de investigação, com apoio do Ibama, da Polícia Federal, da Agência Nacional do Petróleo, agências e órgãos nacionais e estrangeiros, iniciativa privada, além de contar com peritos e pesquisadores da área científica e acadêmica.

Segundo a instituição, foi determinada uma área de investigação com base nos estudos oceanográficos das correntes marítimas e com isso, a Marinha reforçou que as linhas de investigação são:

Afundamentos recentes ou antigos de navios

Derramamento (acidental ou intencional) durante manobra ship-to-ship ou trânsito de navios petroleiros

Descarte irregular de tambores de óleo encontrados nas praias do Nordeste

O G1 entrou em contato com a Polícia Federal em Brasília e no Rio Grande do Norte e, desde 16 de janeiro, aguarda uma resposta sobre as investigações.

Registros

Em novembro, o Ibama mudou a metodologia da contagem de praias atingidas. Antes, os registros eram feitos conforme apareciam os relatos. Agora, cada localidade registrada se refere a 1 km de praia. Isso significa que, se uma faixa de areia de 10 km tiver registro de óleo em toda a sua extensão, serão registrados 10 localidades com sinal de poluição.

Segundo o Ibama, a mudança faz parte de uma estratégia de combate às manchas, porque a divisão das notificações em setores menores facilitaria a identificação e a mobilização das equipes de limpeza de praias.

Com G1

Fonte: Repórter PB

Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera

Comentários

Aviso Legal: Qualquer texto publicado na internet através do Repórter PB, não reflete a opinião deste site ou de seus autores e é de responsabilidade dos leitores que publicam.