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Perda de massa muscular afeta cerca de 17% dos idosos brasileiros

Rádio Agência

29/12/2025 às 09:37

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Estima-se que cerca de 17% dos idosos brasileiros, algo em torno de cinco milhões de pessoas, convivam com perda significativa de massa e força muscular, muitas vezes sem diagnóstico ou tratamento adequados. Essas pessoas sofrem de sarcopenia, doença caracterizada pela progressão silenciosa que impacta diretamente na autonomia, na qualidade de vida, e até na expectativa de sobrevida da população idosa. 

A geriatra do Hospital Universitário Walter Cantídio, da UFC Ebserh, Danielle Pessoa, define o que é sarcopenia. 

“Ela é definida pela redução da quantidade de músculos nos braços e nas pernas, que causa um desempenho físico reduzido. Sarcopenia é uma doença que pode estar presente como consequência de outras condições de saúde ou pode ser consequência de um envelhecimento sem propriamente uma doença causando aquilo, mas que um envelhecimento não ativo.”

A geriatra da UFC, Danielle Pessoa, destaca o que pode ser feito para se proteger da sarcopenia. 

“As pessoas devem ter uma dieta adequada. Nessa dieta é importante ter uma quantidade adequada de proteína porque os aminoácidos são essenciais para a formação das fibras musculares. Então, o ideal é que a dieta tenha, para uma pessoa que não tem nenhuma condição de saúde, idosa, é de um grama por quilo por dia, que esteja distribuída em três refeições. Então é lógico que também é necessário ter uma dieta adequada em relação a também as calorias, em relação a vitaminas. Mas do ponto de vista de formação de massa muscular, a proteína da dieta é extremamente importante. Então além de ter uma dieta adequada e equilibrada, é importante que haja a atividade física. Então, o músculo quando ele está em desuso, ele vai ter uma atrofia. As fibras vão reduzir de tamanho, a circulação vai diminuir e também vai ter mudança na qualidade desse músculo.”

Se não houver diagnóstico e tratamento precoce, o idoso pode evoluir para perda progressiva de funcionalidade, maior dependência, isolamento social, depressão e até para deficits cognitivos. Hoje, se acredita que o músculo é um órgão endócrino, que se comunica com outros órgãos do corpo. O músculo bom, segundo a médica, protege inclusive a função cerebral. Já o músculo ruim, entre outros prejuízos, é propenso a desenvolver resistência à insulina, aumentando consequentemente os níveis de glicemia e de colesterol, levando sobrecarga ao coração.
 

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