
24/10/2025 às 08:27
A Justiça Federal em Belo Horizonte definiu um calendário de audiências de instrução sobre o caso do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, em Minas Gerais.

As imagens do rompimento da barragem, em janeiro de 2019, correram o mundo.
A avalanche de rejeitos destruiu parte da cidade mineira de Brumadinho e 272 pessoas morreram soterradas.
A lama chegou até o rio Paraopebas e se espalhou por outros municípios.
De acordo com o calendário definido pela Justiça em Belo Horizonte, as audiências vão acontecer entre fevereiro de 2026 e maio de 2027.
Nessa fase, serão ouvidas testemunhas e acusados pelas 272 mortes, no Tribunal Regional Federal da 6ª Região, em Belo Horizonte.
A decisão mantém o desmembramento, estabelecido em 2023, de uma ação voltada aos homicídios qualificados e duas outras, aos crimes ambientais atribuídos à Vale, operadora da barragem, e à consultora alemã TÜV SÜD.
Os primeiros a serem ouvidos serão os familiares das vítimas fatais.
Também prestarão depoimentos sobreviventes, bombeiros, engenheiros, peritos e testemunhas.
Os interrogatórios dos 15 réus estão marcados para março e maio de 2027.
Os réus estrangeiros devem depor por meio de carta rogatória, que é um instrumento de cooperação jurídica internacional.
Para a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos, a decisão é um marco na luta por justiça após 6 anos de impasses.
De acordo com a Vale, até setembro deste ano, foram feitos mais de 9 mil acordos envolvendo cerca de 17 mil pessoas para pagamentos de indenizações individuais.
Em relação às indenizações trabalhistas, foram quase 1,5 mil acordos.
*Com informações da Agência Brasil
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