Edital para hospital privado será lançado semana que vem, diz Padilha

A partir da próxima semana, clínicas, hospitais e outros centros particulares de saúde poderão se credenciar ao programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, para oferecer atendimento a pacientes do SUS. A declaração é do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o programa Bom dia Ministro, da EBC, Empresa Brasil de Comunicação. Padilha espera o início dos atendimentos ao público em agosto.  

“O ministério da Saúde vai, na próxima semana, abrir o edital para os hospitais se apresentarem. Então, os hospitais v]ao falar: tenho a dívida tal, posso trocar essa dívida por mil cirurgias de vesícula, mil cirurgias cardíacas que está precisando pelo SUS. E a nossa expectativa, já no mês de agosto. Os primeiros hospitais já estarem sendo contratados, abrindo as portas para uma pessoa que tá esperando pelo SUS e vai poder ser atendido num hospital privado, sem pagar nada”.

A iniciativa é uma das formas que o governo encontrou para reduzir o tempo de espera na fila do SUS para atendimentos sobretudo em áreas mais críticas, como cardiologia e oncologia.  

Alexandre Padilha explicou que as unidades privadas de saúde poderão trocar dívidas com a União ou ter impostos abatidos por atendimentos aos pacientes do SUS.

O ministro da Saúde estima R$ 2 bilhões, por ano, para esses serviços particulares pelo SUS.  

“O mesmo hospital que não tem dívida, está com as contas em dia, mas se ele quiser participar do programa, vai receber um crédito que ele pode abater nos próximos pagamentos de impostos, ele também pode participar do programa. Por ano, a gente vai fazer um crédito de R$ 2 bilhões por ano. Então, o ministério da Saúde abre o edital, os hospitais se inscrevem, quando chegar ao valor de R$ 2 bi, encerram”.

Também durante o programa, Alexandre Padilha anunciou que o ministério da Saúde e o Instituto Butantan desenvolveram uma vacina contra a Dengue, que só depende de aprovação de estudos e de certificação da Anvisa. E anunciou a expectativa de estar disponível no começo do ano que vem.  

“A grande aposta que nós temos é uma vacina que tá sendo desenvolvida pelo ministério da Saúde, pelo Instituto Butantan, vai ser um uso mais amplo. A Anvisa sempre pergunta alguns dados, o Butantan tá respondendo esses dados, e a nossa expectativa é terminar toda essa avaliação pra que a gente possa ter essa vacina disponível pro começo do ano que vem. Tivemos mais 80% da redução de óbitos, em comparação com o ano passado”.

De acordo com o ministro, a atual vacina japonesa contra a dengue é indicada para pessoas de 14 a 16 anos; já a que está sendo desenvolvida no Brasil deve atender uma faixa etária mais ampla.