02/05/2025 às 12:27
Em maio de 2024, o Guaíba atingiu níveis históricos, venceu o sistema contra enchentes de Porto Alegre e inundou a cidade. Agora, a prefeitura reforma as estruturas e tentar corrigir erros. O sistema foi construído na década de 1970. Tem mais de 70 quilômetros de diques, 14 comportas, o Muro da Mauá, que protege o centro, e 23 casas de bombas. Apesar de grande, ele falhou. A enchente atingiu vários bairros e afetou mais de 160 mil pessoas.
Na época, um relatório de especialistas apontou a falta de manutenção das comportas. O nível máximo que o Guaíba alcançou foi de 5,35 metros, mas o sistema deveria segurar até seis metros.
A água não passou por cima dos diques, mas por comportas defeituosas, pelas casas de bombas e aberturas nos diques, diz o professor de Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rodrigo Paiva.
Para o professor, é preciso adequar o sistema ao projeto original, e também se preparar para futuras cheias, que podem ser tão ou mais graves.
O Dmae, Departamento Municipal de Água e Esgotos, realiza obras para consertar diques que romperam na região norte. No entanto, uma questão fundiária trava a obra. O Muro da Mauá passa por revisão e consertos no concreto. As casas de bombas estão funcionando modernizadas com geradores e ligação automática no caso de queda de energia. O diretor-geral do Dmae, Bruno Vanuzzi, acredita que hoje Porto Alegre teria uma resposta melhor à enchente.
Além dessas obras iniciais, um estudo vai avaliar todo o sistema e propor novas mudanças, como aumentar a cota para sete metros. A ideia é torná-lo mais seguro, diz Bruno.
Sete das comportas vão fechar definitivamente, já que não são mais usadas para passagem de veículos e pessoas, segundo o diretor do Dmae. As outras sete vão ser reformadas.
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