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Projeto IFPB

Projeto do IFPB de Princesa Isabel vai para o Fórum Mundial da Água

A experiência de um projeto de extensão do Campus Princesa Isabel do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) foi selecionada para participar do 8º Fórum Mundial da Água

Da Redação Repórter PB

27/02/2018 às 18:51

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Projeto ‧ Foto: Divulgação

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A experiência de um projeto de extensão do Campus Princesa Isabel do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) foi selecionada para participar do 8º Fórum Mundial da Água. O evento gigantesco, sob a responsabilidade do Conselho Mundial da Água, deve reunir cerca de 400 instituições relacionadas à temática de recursos hídricos de quase 70 países. O Fórum vai ocorrer de 18 a 23 de março, em Brasília, sendo a primeira edição no Hemisfério Sul.

O projeto de extensão "Disseminação de Tecnologias Sociais para Tratamento de Esgoto Doméstico na Zona Rural de Princesa Isabel-PB" foi selecionado entre 60 propostas do mundo inteiro para apresentação no Mercado de Soluções do 8º Fórum Mundial da Água, no espaço Vila Cidadã. O projeto começou em maio de 2017 e consolidou o Centro de Assessoria Comunitária a Tecnologias de Utilidades Sociais (Cactos) como um Núcleo de Extensão da Rede Rizoma do IFPB dentro do Campus Princesa Isabel, onde é coordenado pelo docente Artur Moises Gonçalves Lourenço, com co-orientação da professora Thais de Freitas Morais e participação dos estudantes do curso superior em Gestão Ambiental, Cirleide Gomes de Oliveira e Laércio Rodrigues de Carvalho.

As atividades são desenvolvidas em parceria com a ONG Centro de Capacitação Agro comunitário (CCA), envolvendo a engenheira ambiental Sílvia Raphaele Morais Chaves e a Irmã Francinalda, além da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB), com a colaboração da extensionista rural Ana Paula Medeiros.

O Núcleo Cactus, como ficou conhecido o projeto, envolve ainda estudantes do curso técnico integrado ao Médio em Edificações. O professor Artur Lourenço destaca que 14 comunidades rurais e quilombolas, cerca de 150 pessoas, foram envolvidos com as atividades do Projeto, que inicia com a conscientização sobre a gravidade da falta de saneamento básico, indo até oficinas para intervenção no problema.

Para ter ideia da gravidade, apenas 5,45% dos domicílios nas áreas rurais estão ligados à rede de coleta de esgotos. Em Princesa Isabel, 93% da população rural tem como destino dos esgotos gerados as fossas rudimentares. O projeto não se limitou ao entorno de Princesa Isabel, chegando a outras comunidades da Serra do Teixeira.

A metodologia do projeto pretende que as próprias comunidades sejam capazes de interferir na realidade e por isso rodas de conversa são iniciadas com os presidentes das associações rurais, visando fortalecer os laços comunitários propiciando ações coletivas sobre a falta de saneamento. Em seguida, a equipe do projeto promove nas escolas rurais discussão e oficina sobre tecnologias sociais de tratamento de esgoto doméstico, enfatizando as águas cinzas, que são efluentes domésticos gerados sem dejetos humanos. Nessa etapa, o grupo lida com tecnologias de biofiltros, jardins filtrantes e círculo de bananeiras. Foram realizadas também oficinas específicas para as águas negras – efluentes domésticos contaminados com dejetos humanos. Nessa fase, são abordadas as Fossas Ecológicas ou Tanque de Evapotranspiração (TEvap) e as Fossas Biodigestoras.

Fonte: Repórter PB

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