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Vereador cobra esclarecimentos sobre desapropriação de imóvel em meio à pandemia em Campina Grande

Segundo o parlamentar, a PMCG não divulga o valor da transação, o que motivou um pedido de informações por parte do vereador

Da Redação Repórter PB

31/03/2020 às 14:06

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Enquanto todas as atenções da população, da imprensa e dos mais diversos setores da sociedade civil estão concentradas no enfrentamento à pandemia do coronavírus e suas consequências extremamente preocupantes, a Prefeitura de Campina Grande efetivou a desapropriação de um imóvel na Avenida Almeida Barreto sob a justificativa de que pretende instalar no local o centro administrativo municipal.

A desapropriação se deu por decreto do dia 06 de março, publicado no Semanário Oficial do dia 20 deste mês, ou seja, já com a crise em pleno curso e a implementação de uma série de medidas de enfrentamento da pandemia tomando todas as atenções e exigindo, inclusive, a necessidade de foco e investimento públicos.

Para o vereador Galego do Leite, do Podemos, a decisão do prefeito se mostra completamente injustificável diante do cenário que o mundo, o país e o município enfrentam. "Durante mais de sete anos o prefeito nada fez para resolver a questão do centro administrativo. Na verdade, até desfez o projeto que a gestão anterior havia deixado bem encaminhado e tenta doar o terreno onde o centro deveria ser construído para a empresa do Sítio São João. Aí agora, faltando nove meses para terminar seu mandato, no meio de uma crise que nunca se viu na história recente, corre para desapropriar esse imóvel", comentou o vereador.

Segundo o parlamentar, a PMCG não divulga o valor da transação, o que motivou um pedido de informações por parte do vereador. Galego ressalta que aspectos técnicos relacionados ao local desapropriado apontam para a inviabilidade de instalação de um centro administrativo naquele setor, tanto pelas limitações do próprio imóvel quanto pelo impacto na mobilidade urbana do entorno, já gravemente comprometida. Porém, pondera que tais questionamentos são secundários diante de um fato que considera evidente: não é momento de os cofres municipais terem que arcar com uma conta tão alta quando a saúde pública depende como nunca de recursos para salvar vidas.

"O momento e a situação são completamente desfavoráveis para uma despesa cujo valor ainda é um mistério, mas certamente se mostrará altíssima, e que está longe de ser prioridade, ainda mais agora. Vamos fiscalizar, requerer informações e adotar as medidas cabíveis contra esse ato absurdo", completou Galego do Leite.

Fonte: Repórter PB

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