Sousa/PB -
tratamento

Justiça dá direito a plantio de maconha para adolescente no Maranhão

A menina começou então a usar o óleo produzido pela Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace Esperança)

Da Redação Repórter PB

16/07/2019 às 19:45

Imagem Divulgação

Divulgação ‧ Foto: Repórter PB

Tamanho da fonte

A Justiça do estado do Maranhão deu mais uma vitória no tratamento com Cannabis. Uma criança conquistou o direito de plantar e colher maconha além de produzir o óleo de forma artesanal para consumo próprio.

Uma estudante de 14 anos, com epilepsia refratária, já fez uso de várias medicações. Ela chegou a realizar uma cirurgia quando tinha três anos de idade, mas o resultado não durou muito tempo, segundo explicou a sua mãe Tetê Gandolfi.

 “Ela ficava três, quatro horas convulsionando sem voltar. Quando ela tinha três anos, fez a cirurgia de retirada de uma parte do cérebro porque ela estava com o risco de vir a óbito e ou virar vegetal devido às intensidades das crises. Na época nós não podíamos custear o remédio e aí fizemos a cirurgia. Após a cirurgia, ela passou um ano sem convulsionar”, contou a mãe.

A menina começou então a usar o óleo produzido pela Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace Esperança). Ela parou de utilizar altas dosagens de medicações que davam efeitos adversos severos.

“Quando iniciou com o óleo, ela estava tomando quatro medicamentos para controlar e não tinha controle. Então iniciou o óleo e hoje usa dois desses remédios, por si só ela é outra criança agora. A gente vê a melhora após o óleo. As professoras ficam abismadas, a médica não acredita, é um milagre. Se faltar o óleo é hospital na certa”, afirmou.

Foi por este motivo e para ajudar outras famílias que ela decidiu entrar com um processo judicial. A ideia foi criar resultados que auxiliem outras pessoas que busquem por este direito depois.

“A gente entende que quanto mais pessoas pedirem, mais jurisprudência vai ter e mais rápido o Brasil acorda para isso. O nosso processo durou quatro meses até a decisão, o que foi muito rápido, com a mão de Deus”, falou.

A menina utiliza apenas meio mililitro do óleo três vezes por dia. Agora, o próximo passo será aprender como proceder após a conquista do habeas corpus que autoriza a importação de sementes, a plantação e a produção do óleo de Cannabis.

 “Eu já tinha plantado duas vezes algumas sementes, mas para conhecer a planta. Então agora a gente vai sentar com advogado para saber como proceder, a gente vai caminhar do zero, com a ajuda da Abrace”, disse.

As sementes plantadas pela família da estudante foram compradas por um amigo no Uruguai, onde esta ação é legal para fins medicinais. A Abrace Esperança apoiará analisando o óleo que será produzido pela família da menina.

Por Wênia Bandeira

Fonte: Repórter PB

Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera

Comentários

Aviso Legal: Qualquer texto publicado na internet através do Repórter PB, não reflete a opinião deste site ou de seus autores e é de responsabilidade dos leitores que publicam.