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Cidadania

Mais de 42 mil venezuelanos receberam novas oportunidades de vida no Brasil por meio da Operação Acolhida

Somente em 2020, mais de 15 mil refugiados do país vizinho foram acolhidos pelo governo brasileiro e alcançaram possibilidades de recomeçar a vida.

Da Redação Repórter PB

15/10/2020 às 15:07

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Para fugir da crise humanitária que assola a Venezuela, milhares de imigrantes buscam melhores condições de vida no Brasil por meio da Operação Acolhida do Governo Federal. Desde o início da operação até setembro deste ano, 42,5 mil venezuelanos tiveram novas oportunidades de recomeço no país em função do trabalho da equipe de interiorização do programa, coordenada pelo Ministério da Cidadania.

Somente em 2020, mais de 15 mil refugiados venezuelanos foram acolhidos pelo governo brasileiro e alcançaram novas possibilidades. Renner foi um desses beneficiários. Ele chegou a Boa Vista (RR) com a esposa e o filho de 11 anos. Após ser recebido pela equipe da Operação Acolhida, foi direcionado a uma Casa de Passagem em Belém (PA). As Casas de Passagem fazem parte da Estratégia de Interiorização do Governo Federal e são gerenciadas pela sociedade civil. Elas foram criadas para receber e apoiar os venezuelanos por alguns dias, sendo um ponto intermediário entre o embarque e o local de destino. "A Operação Acolhida está fazendo um grande trabalho para os venezuelanos, desde a documentação até as viagens de interiorização", comentou Renner, que foi interiorizado em Belo Horizonte.

Ao todo, 608 municípios de todas as regiões do Brasil estão aptos a receber venezuelanos. Manaus, a cidade que mais acolheu imigrantes, já interiorizou 4,8 mil refugiados, seguida por São Paulo (2,7 mil) e Curitiba (2,6 mil). A lista dos estados com mais interiorizados tem São Paulo (7,1 mil) à frente, seguido por Paraná (6,4 mil) e Rio Grande do Sul (5,5 mil).

O Ministério da Cidadania é o responsável pela coordenação do Subcomitê Federal para Interiorização. O ministro da pasta, Onyx Lorenzoni, destaca que o Brasil é considerado uma referência mundial no abrigamento de imigrantes.

"Sabemos da situação difícil que nossos vizinhos venezuelanos enfrentam diante do regime ditatorial no país e é no Brasil que eles encontram a estrutura de acolhimento e de suporte para começar uma vida nova. A Operação Acolhida é reconhecida mundialmente pela sua forma de abrigar os imigrantes e oferecer caminhos e oportunidades."

Maria Isabel, que chegou com três filhos ao abrigo do governo brasileiro em setembro, elogiou o trabalho e está na expectativa de mudança para o Rio de Janeiro. "Desde que cheguei a Boa Vista fui muito bem-recebida e me informaram que eu poderia participar da interiorização. Agora, quero aterrissar no Rio de Janeiro e recomeçar a vida. Minha meta é trabalhar duro e dar o melhor para os meus filhos".

Oportunidade de trabalho

Os jovens venezuelanos Frederit, Anamar e Raul, que chegaram ao Brasil em períodos distintos, tiveram as vidas conectadas quando participaram da estratégia de interiorização da Operação Acolhida. Os três foram incluídos no programa Acolhidos por meio do trabalho, que auxilia na seleção e contratação de venezuelanos junto a empresas privadas no Brasil, além de garantir acomodação temporária e assistência social por três meses para facilitar a adaptação na nova cidade. Os jovens compatriotas foram selecionados para trabalhar em uma indústria em Santa Catarina e não deixaram a oportunidade passar em branco.

A intenção, ao sair de Roraima e embarcar rumo ao sul do Brasil, era garantir melhores condições para as suas famílias, mesmo longe delas. Na nova cidade, os colegas de trabalho foram acomodados na mesma residência temporária e dali nasceu uma amizade que os encorajou a seguir em frente. Agora, dividem um apartamento alugado por conta própria.

Investimento

Desde o início de 2020 foram interiorizados mais de 15,2 mil venezuelanos, o que representa um investimento do Governo Federal superior a R$ 630,9 milhões. O Ministério da Cidadania, responsável pela coordenação do Subcomitê Federal para Interiorização, investiu R$ 80 milhões entre março e julho para promover ações socioassistenciais e inclusão socioeconômica dos migrantes e refugiados venezuelanos.

Fonte: Repórter PB

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