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Faxina, sem estresse, pode ser uma forma saudável de começar 2026

Rádio Agência

21/12/2025 às 09:30

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Está aberta a temporada de arrumação da casa para as festas de fim de ano. De roupas e utensílios sem uso, que vão para doação, à limpeza minuciosa de gavetas. Da pintura de última hora para deixar a casa mais aconchegante à faxina no quarto das crianças.

Vamos aos exemplos de mulheres de diferentes idades e profissões que adotaram ou pretendem realizar esse rito de organização pensando no bem-estar de suas famílias.

“Eu arrumo minha casa, limpo as gavetas de documentos. Já fiz a faxina. Lavei os tapetes...”

“Tirar coisas, ainda não. Talvez eu faça em janeiro. Mas eu tô dando uma organizada na casa, pro Natal”.

“A arrumação que eu quero fazer é estrutural e prática pra me defender da dengue e eu coloquei tela em todas as janelas”.

“O que eu queria mudar, para a passagem de ano, seria o meu quarto e minha sala. Gostaria de trocar cerâmica, os móveis, começar o ano com tudo novo”.  

A psicóloga Carolina Roseiro, do Conselho Federal de Psicologia, explica que já é uma convenção realizar atividades que possam dar sentido à passagem de ano. Segundo ela, a casa, como reflexo da identidade humana, carrega os valores das nossas vivências e desejos.

“Essas faxinas de finais de ano são muito saudáveis, respondem a essa necessidade humana que a gente tem de dar fechamento pros ciclos e começar um novo momento de vida. Mas a gente pode equilibrar com outras atividades prazerosas sem, necessariamente, a gente pensar que vai limpar tudo e começar de novo, que vai começar do zero”.

Para a especialista, no entanto, é preciso moderação para não tornar o projeto de organização em um momento de estresse e angústia.

“A faxina de fim de ano tem muito esse papel: a gente pensa o que a gente joga fora, o que a gente continua guardando. São formas da gente fazer essa moderação daquilo que a gente tem de expectativa de começar algo novo e, ao mesmo tempo, manter aquilo que a gente continua entendendo como importante. É um novo ano que começa, mas é a mesma vida que continua”.

Se a meta da faxina de fim de ano for difícil de executar, há profissionais que podem ajudar na missão. É o caso da personal organizer Renata Rollemberg Nogueira, que atua em Brasília, e avalia o resultado do trabalho feito sob medida.  

“Eu acredito que quando o ambiente é transformado, o cliente não recebe apenas o espaço arrumado e bonito. Ele vivencia aquela transformação junto. Às vezes por alívio, às vezes pela praticidade que a arrumação trouxe pro cliente. Eu diria que, mais do que colocar tudo em ordem, organizar é cuidar da casa, da rotina e, principalmente, do bem-estar das pessoas que vivem ali”.

O filósofo francês Gastor Bachelar dedicou uma obra inteira a reflexões sobre a casa. Em 'A poética do espaço', ele escreveu: "Não é só na hora presente que se reconhecem benefícios da casa. O verdadeiro bem-estar tem um passado. Todo um passado vem viver, pelo sonho, numa casa nova".

*Com produção de Salete Sobreira e Marcella Nogueira

3:38

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