Produção industrial cresce e fica acima do patamar pré-pandemia

A produção da indústria brasileira cresceu 3,3% em maio deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2024. Com esse resultado, o setor acumula alta de 1,8% nos cinco primeiros meses de 2025 e está 2,1% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (2) pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Ainda na comparação anual, três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos pesquisados tiveram maior produção. Os destaques foram as indústrias extrativas, veículos automotores, reboques e carrocerias, máquinas e equipamentos e produtos químicos.

Para André Macedo, gerente da pesquisa, o resultado positivo está associado à baixa base de comparação, uma vez que, em maio de 2024, o setor industrial recuou 1,2%.

"Permanecendo dessa forma, com movimento de expansão na produção com perfil disseminado de taxas positivas entre categorias econômicas e atividades industriais pesquisadas, e ainda mostra ganho no ritmo de crescimento frente ao fechamento do primeiro quadrimestre do ano, quando cresceu 1,4%."

Já a queda de 3,9% na produção de veículos e de 1,8% em coque - produtos derivados do petróleo e biocombustíveis - puxaram o recuo de 0,5% na indústria brasileira no mês de maio, na comparação com o mês anterior, intensificando, assim, o resultado negativo de 0,2% registrado em abril.

Na mesma comparação, três das quatro grandes categorias e 13 das 25 atividades industriais pesquisadas registraram recuo em suas produções.

"A  indústria automobilística foi pressionada pela redução na produção de automóveis, enquanto as atividades de derivados do petróleo e bicombustíveis foi influenciada na redução da produção do álcool e, em menor escala, pelo comportamento negativo de derivados do petróleo".

Ainda de acordo com André Macedo, o resultado negativo de maio não apenas intensifica o ritmo de perda em relação ao mês anterior, mas também elimina parte do ganho de 1,5% acumulado nos três primeiros meses do ano, quando comparado ao patamar de dezembro de 2024.