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Papa: primeiras “fake news” vieram da serpente que enganou Adão e Eva

"As notícias falsas são um sinal de intolerância e de atitudes hipersensíveis e levam apenas à propagação da arrogância e do ódio.”, afirma Francisco

Da Redação Repórter PB

26/01/2018 às 09:47

Imagem Francisco

Francisco ‧ Foto: Divulgação

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Ao entregar uma mensagem a jornalistas, o papa Francisco condenou as pessoas que espalham as chamadas “fake news” (notícias falsas). Afirmou que o primeiro caso de desinformação foi obra da serpente no Éden, que levou Adão e Eva a comerem o fruto proibido.

O pontífice lembrou dos danos que podem ser feitos quando as pessoas compartilham informações distorcidas ou a desinformação, que é planejada para causar confusão.

Para o líder da Igreja Católica Romana, o fenômeno de espalhar falsidades como se fossem notícias legítimas é obra do diabo. “Esta é a estratégia usada pela astuta serpente, mencionada no Livro de Gênesis, que, no início da humanidade, tornou-se o autor da primeira notícia falsa”, afirmou ele no documento The Truth Will Set You Free – Fake News and Journalism for Peace [A Verdade vos libertará: as Fake News e o Jornalismo pela Verdade] que será lançado em 13 de maio, no Dia Mundial da Comunicação. É a primeira vez que o Vaticano se pronuncia tão fortemente sobre o assunto.

“As notícias falsas são um sinal de intolerância e de atitudes hipersensíveis e levam apenas à propagação da arrogância e do ódio. Esse é o resultado da mentira”, destacou Francisco. Ele lembrou que “As ‘fake news’ se transformam frequentemente em virais, ou seja, são divulgadas de modo veloz e dificilmente controlados, não por causa da lógica de compartilhar que caracteriza as redes sociais, mas mais pela cobiça insaciável que se acende facilmente no ser humano”.

Para o pontífice, a sede de poder impulsiona essa prática que, segundo ele, nunca é inofensiva. “O drama da desinformação é desacreditar do outro, apresentá-lo como inimigo, até chegar à demonização que favorece os conflitos”, insistiu.

O pedido do papa é que as pessoas não compartilhem esse tipo de informação e que o Vaticano estimula “as companhias tecnológicas e de meios de comunicação, dirigidas a definir novos critérios para a verificação das identidades pessoais que se escondem por trás de milhões de perfis digitais”.

Francisco fez um apelo para um “jornalismo de paz”, “sem fingimentos e hostil às falsidades” e que os jornalistas deveriam prestar um serviço a todos, especialmente àqueles que não têm voz, e que se comprometa na busca das causas reais dos conflitos.

O tema “fake news” é bastante polêmico. Um recente estudo do Gallup e da Fundação Knight identificou que 66% das pessoas pensam que a mídia convencional não faz um trabalho bom o suficiente para separar o fato da opinião. Com informações da BBC

Fonte: Repórter PB

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