Edna Henrique detona suposto caso de rachadinha em Monteiro: “A maior vítima dessa prática é a população”

A ex-deputada federal e pré-candidata a prefeita de Monteiro, Edna Henrique (Republicanos), se posicionou nesta semana em defesa do legado de seu falecido esposo, João Henrique, enquanto a cidade se vê abalada por um suposto esquema de “rachadinha” na Secretaria de Saúde. Edna, que é viúva do deputado estadual João Henrique, conhecido como um dos maiores benfeitores de Monteiro, destacou a filosofia que guiou a vida política de seu marido.

“Meu amado João Henrique costumava dizer uma frase que hoje segue como princípio na nossa família, no nosso grupo político: ‘Eu não vim para Monteiro para tirar nada de Monteiro, só vim para trazer’”, afirmou Edna Henrique em discurso. A declaração vem em um momento crítico para a cidade, após a abertura de um inquérito pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) para investigar denúncias de “rachadinha” na gestão da Secretaria de Saúde.

“É estarrecedor ver denúncias tão graves como essas surgirem. Quem tira da administração pública para seu próprio bolso está tirando de uma mãe, de uma criança que precisa de atendimento médico, de uma família que busca o serviço público e não tem acesso. A maior vítima dessa prática criminosa é a população de Monteiro”, prosseguiu Edna, ecoando o sentimento de revolta e indignação que permeia a cidade.

No último dia 11 de julho, uma enfermeira que atuava na Secretaria de Saúde de Monteiro formalizou uma denúncia ao MPPB, alegando ter sido coagida a dividir parte de seu salário com a então secretária de Saúde e atual pré-candidata a prefeita, Ana Paula Morato. Segundo a denunciante, o esquema teria começado em 2017, durante a gestão da prefeita Anna Lorena (PSB). A enfermeira relatou que, após começar a receber gratificações mensais, foi convocada para uma conversa com Ana Paula, que exigiu a devolução de parte dessas gratificações.

A servidora, que atua na área desde outubro de 2013, forneceu ao Ministério Público documentos que comprovam as transferências bancárias, além de áudios e prints de conversas que evidenciam a coação. Ela afirmou que foi demitida em 2021, após recusar continuar participando do esquema.

A denúncia gerou grande repercussão em Monteiro e na região do Cariri paraibano. O MPPB já iniciou a investigação e prometeu uma apuração minuciosa dos fatos. A comunidade espera que todos os envolvidos sejam responsabilizados.

Fonte: Portal do Litoral PB