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Descaso

Em CG, Prefeitura não realizou reformas necessárias para o retorno das aulas, mesmo quase dois anos após o início da pandemia

Nos locais visitados, 15 escolas e duas creches até agora, a situação deixa evidente a impossibilidade de retorno à qualquer atividade presencial neste momento.

Da Redação Repórter PB

15/09/2021 às 16:31

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Com a volta às aulas presenciais, no modelo híbrido, anunciada para o próximo dia 20 em Campina Grande, o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), retomou as visitas às escolas e creches do município, para averiguar as condições das unidades educacionais. Nos locais visitados, 15 escolas e duas creches até agora, a situação deixa evidente a impossibilidade de retorno à qualquer atividade presencial neste momento.


As imagens chocantes falam por si e revelam que o perigo não é somente o de contaminação pelo coronavírus, mas também de acidentes graves, tendo em vista a precariedade das estruturas, onde a direção do sindicato encontrou mofo; infiltrações; paredes rachadas; janelas e basculantes enferrujados; eletrodomésticos como geladeira e fogão sem funcionar; mobílias desgastadas, muitas delas caindo aos pedaços, poucas pias e as existentes, em estado precário; banheiros totalmente insalubres e com equipamentos quebrados; salas pequenas e com pouquíssima ou nenhuma ventilação, muitas delas com paredes rachadas e colunas expostas; telhados caindo; kit de merenda sem todos os itens necessários e armazenados de forma errada; piso cedendo em vários espaços; além de mato em grande quantidade, praticamente tomando conta dos pátios e arredores.

O diretor de Política e formação do Sintab, Franklyn Ikaz comentou a situação. “Com as visitas, ficou evidente que nesses quase dois anos de pandemia, o governo não tomou as devidas providências e sendo assim, colocar os alunos em sala nessas condições é gravíssimo, é perigoso, é negligente, pode levar a contaminação dos mesmos, dos familiares e dos trabalhadores em educação já que não tem como garantir higiene, distanciamento e mesmo a integridade física dos usúários”, destacou.

Conforme lembrou o presidente do Sintab, Giovanni Freire, a instituição já tinha realizado visitas às 10 escolas anunciadas anteriormente pela Prefeitura como teste para o modelo híbrido e constatou que apenas duas delas, localizadas no Complexo Aluízio Campos, atendem a todos os requisitos de segurança sanitária. “Além desta situação gravíssima, lembramos que a grande maioria dos profissionais da educação não completaram o ciclo de imunização, o que aumenta ainda mais os riscos de contaminação pelo coronavírus, no momento em que Campina tem registrado o maior número de casos da variante Delta. É um absurdo a total falta de respeito da gestão municipal de Campina Grande com os servidores da educação e com a comunidade escolar que depende do ensino público”, reforçou.

O Sintab dará prosseguimento à fiscalização das escolas e creches do município ao longo desta semana e irá protocolar relatório descrevendo a situação para a Secretaria de Educação, Conselho Municipal de Educação e Ministério Público.

Fonte: Repórter PB

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