Sousa/PB -
saúde

SETEMBRO AMARELO: Faculdade Santa Maria de Cajazeiras promove palestra sobre suicídio

Dentro das comemorações alusivas ao Setembro Amarelo a Faculdade Santa Maria (FSM) de Cajazeiras-PB, realizou quarta-feira (26), às 14h, no auditório Bloco

Da Redação Repórter PB

27/09/2018 às 18:36

Imagem Divulgação

Divulgação ‧ Foto: Repórter PB

Tamanho da fonte

Dentro das comemorações alusivas ao Setembro Amarelo a Faculdade Santa Maria (FSM) de Cajazeiras-PB, realizou quarta-feira (26), às 14h, no auditório Bloco de Engenharia e Arquitetura uma palestra tendo como tema “Suicídio: um problema de todos” direcionada aos alunos e profissionais de todos os cursos da instituição de ensino.

O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. É uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Participaram da mesa redonda como palestrantes a psicóloga/psicanalista, mestra em Psicologia pela UFRN e professora, Gorete Sarmento, enfermeira e especialista em gestão do cuidado pela UFPB, especialista em Processos Educacionais pelo Sírio Libanês, Alexsandra Layani Faustino de Andrade, psicóloga e coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPS) de Cajazeiras, Rayla Vilar Moésia, psicóloga, especialista em Saúde Mental pela FIC, em Gestão da Clínica pelo Hospital Sírio-Libanês e coordenadora de Saúde Mental de Cajazeiras, Mônica Sany Leite Pereira e o médico psiquiatra, Maximiliano Pucci.
“O evento teve como objetivo abordar a temática do suicídio, processos preventivos e alerta acerca da prática que é bastante recorrente na região”, disse a psicóloga e professora, Gorete Sarmento.

O suicídio é um grave problema de saúde pública que abrange questões socioculturais, históricas, psicossociais e ambientais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos suicídios poderiam ser evitados com a prevenção de situações estressantes e fatores como alcoolismo, ansiedade e síndrome do pânico, que podem levar a um quadro depressivo. O aconselhamento profissional é um dos primeiros passos para o tratamento da depressão e, consequentemente, para se evitar o suicídio. A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo. No Brasil são 800 mil suicídios por ano.

No Brasil, é possível receber assistência gratuita nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em algumas universidades, e entidades que prestam serviço social e acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Além disso, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é referência em apoio e assistência emocional, recebendo até 800 mil ligações por ano através do telefone (188).

A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de redução de 10% dos óbitos por suicídio até 2020. Entre as ações, destacam-se a capacitação de profissionais, orientação para a população e jornalistas, a expansão da rede de assistência em saúde mental nas áreas de maior risco e o monitoramento anual dos casos no país e a criação de um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.

DADOS

No Brasil, os números são preocupantes: de 2007 a 2016, 106.374 pessoas morreram em decorrência do suicídio — em 2016, a taxa foi de 5,8 por 100 mil habitantes. De acordo com a publicação do Ministério da Saúde, a intoxicação é responsável por 18% das mortes, enquanto o enforcamento apresenta um índice de 60% dos óbitos. Do total de ocorrências, 70% das tentativas de suicídio por intoxicação aconteceram com mulheres.

“O suicídio é grave problema de saúde pública e sua prevenção deve ser prioridade. Qualquer pessoa pode ser acometida por pensamentos suicidas. Impedir essas mortes evitáveis é tarefa de todos nós. É fundamental a participação das instituições de ensino, dos gestores e profissionais de saúde e da comunidade na identificação das situações de risco de suicídio. A Faculdade Santa Maria (FSM), esta de parabéns por debater a temática”, ressaltou a estudante de Psicologia, Cleópatra Deniz de Sousa.

“O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. o suicídio não deve ser visto como um ato de covardia, e sim como um ato que diz de uma dor psíquica que se coloca como insuportável. Todavia, o suicídio pode ser prevenido. Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo. É fundamental fomentar e executar projetos estratégicos fundamentados em estudos de custo-efetividade, eficácia e qualidade, bem como em processos de organização da rede de atenção e intervenções nos casos de tentativas de suicídio;, alerta a psicóloga Gorete Sarmento.

"É preciso dar voz ao sujeito que sofre psicologicamente. Muitas vezes, quando alguém chega a cometer o suicídio, já apontava anteriormente para algum sofrimento, de forma a agir ou verbalizar algo de sua existência que se colocava como insuportável. O suicídio ainda se coloca como tabu algo que as pessoas ainda resistem em falar, tocar no assunto, mas é preciso falar sim e tentar auxiliar às pessoas que sofrem. Em casos de extrema urgência, quando não se tem um profissional para acolher o sofrimento, a pessoa pode ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo número 188 e será acolhido por um profissional capacitado para escutar o sofrimento psicológico", disse a psicóloga/psicanalista, mestra em Psicologia pela UFRN e professora, Gorete Sarmento.


Abdias Duque de Abrantes

Fonte: Repórter PB

Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera

Comentários

Aviso Legal: Qualquer texto publicado na internet através do Repórter PB, não reflete a opinião deste site ou de seus autores e é de responsabilidade dos leitores que publicam.