09/04/2019 às 09:14
Divulgação ‧ Foto: Repórter PB
Os serviços de concretagem da parede do açude de São Gonçalo no Município de Sousa já deveriam ter sido concluídos em 16 meses, e a construção já se arrasta por 22 meses.
É isso o que diz um documento do MPF de fevereiro de 2019, quando aconteceu uma reunião na sede do Ministério Público Federal em João Pessoa para tratar sobre o assunto, quando estiveram presentes, representantes do Ministério Público do Estado (MPPB), do Ministério Público Federal (MPF), do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e da empresa responsável pela construção.
No início de Fevereiro deste ano, de acordo com o MPPB, os serviços deveriam atenuar o risco iminente de rompimento da barragem de São Gonçalo, que integra o eixo norte da transposição das águas do São Francisco, em caso de chuvas volumosas na região.
Nesta mesma reunião, a PB Construções, responsável pela obra em São Gonçalo se comprometeu em concluir a concretagem da base do dique da barragem até a próxima sexta-feira (8) de Fevereiro, e o fechamento do dique até o dia 26 do mesmo mês. E nada disto aconteceu.
Diante da irresponsabilidade, mesmo os órgãos responsáveis pela obra, se comprometendo, assinando documentos, e tudo no MPPB, e MPF, simplesmente ignoraram.
O preço que a população de Sousa paga, infelizmente é caro. Água desperdiçada sem nenhum aproveitamento pelo fato de haver o risco de rompimento da barragem, e causar o prejuízo enorme a toda a população.
Domingo (07), o DNOCS iniciou a liberação da água excedente do manancial que atingiu mais de 25 milhões de metros cúbicos, haja vista os afluentes receberem um carga enorme das águas das chuvas que voltaram a cair no Sertão.
Sousa vive o maior racionamento de água nos últimos 7 anos. Bairros inteiros no Município passaram até 08 dias para chegar o precioso líquido.
Diante dos fatos já narrados, e conhecidos por toda a população, não resta mais do que entender que da inoperância do DNOCS, e morosidade da Empresa que não concluiu o serviço em tempo estabelecido, sabendo da chegada do período chuvoso no Sertão da Paraíba.
Só de imaginar que há pouco tempo o Açude atingiu mesmo de 4% de sua capacidade, atingindo o volume morto, e agora com oportunidade de poder acumular água para o futuro, ver o desperdiço acontecer por falta de responsabilidade com a coisa pública, dói no coração do sousense.
Pereira Jr.
Analista Politico
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