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Governo federal acertou nas medidas econômicas, mas efeitos precisam chegar a empresas e trabalhadores, avalia CNI

Para a Confederação, o diagnóstico foi preciso para enfrentar as consequências da crise do Coronavírus. O momento é de garantir a efetividade das ações e calibrar a intensidade.

Da Redação Repórter PB

05/04/2020 às 10:00

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Crise Econômica ‧ Foto: Repórter PB

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que as medidas para enfrentar a crise de saúde pública e econômica, provocada pelo coronavírus, estão no caminho certo. O governo tem atuado para garantir renda para as famílias mais vulneráveis, aliviar os custos e tornar viável a sobrevivência das empresas, além de aumentar os recursos em um esforço para que o sistema de saúde não entre em colapso.

“A questão agora é calibrar a intensidade de cada uma delas e garantir que sejam efetivas. Mas, em termos de efetividade, ainda faltam ações na disponibilidade de garantias para que as empresas tenham acesso aos novos recursos disponíveis para financiamento”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

O adiamento do pagamento de tributos federais (PIS/Cofins, Contribuição Previdenciária e Simples Nacional) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e as medidas na área trabalhista vão representar a redução de custos ou maior liquidez das empresas em cerca de R$ 180 bilhões. Para a Confederação, essas duas medidas estão entre as mais importantes para manter as empresas de portas abertas no pós-crise.

Mais crédito e custos menores de financiamento são fundamentais

A maior oferta de crédito e a redução dos custos de financiamento são outras ações fundamentais para que as empresas consigam atravessar o período de baixa atividade econômica, provocada pelas ações de combate à pandemia.

A CNI destaca três ações que vão fazer diferença na obtenção de capital de giro para as empresas que terão o faturamento drasticamente reduzido. São elas: suspensão dos pagamentos de financiamentos com bancos públicos; criação de linha de financiamento emergencial para pagar dois meses de folha de pessoal; e o aumento dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para crédito as micro e pequenas.

Ainda há dúvidas sobre efetividade de medidas no setor financeiro

Segundo o presidente da CNI, no entanto, há dúvidas sobre efetividade das diversas medidas tomadas pelo Banco Central para aumentar a liquidez no mercado financeiro e garantir que os recursos cheguem às empresas com custos viáveis.

“Em momento de elevado risco, como o atual, as instituições financeiras elevam os custos e as exigências de garantias para realizar as operações. Por isso, é preciso intensificar as medidas que buscam melhorar o sistema de oferta de garantias. Até então, a medida mais relevante nesse sentido foi a ampliação, em R$ 500 milhões, do Fundo de Aval do Sebrae para micro e pequenas empresas”, diz Robson Braga de Andrade.

A CNI considera ainda que as medidas mais relevantes para garantir a renda para as famílias mais vulneráveis são: o auxílio emergencial de R$ 600 mensais para beneficiários do Bolsa Família, trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais (MEIs) e trabalhadores intermitentes e as antecipações do pagamento do 13º de aposentados e pensionistas e do abono salarial.

Essas medidas, em conjunto, devem representar uma renda imediata de mais de R$ 120 bilhões para as famílias beneficiadas.

Fonte: Repórter PB

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