13/05/2025 às 19:23
Duas mil cento e oitenta e seis pessoas foram resgatadas em situação de trabalho análogo à escravidão no ano de 2024, em mais de mil fiscalizações. As ações garantiram o pagamento de mais de R$ 9 milhões em verbas rescisórias e trabalhistas às vítimas. Os dados são da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em 2025, o Brasil completou 30 anos do reconhecimento oficial da existência de formas contemporâneas de escravidão. Desde então, as inspeções do Ministério do Trabalho e Emprego tiraram 66 mil trabalhadores de condições análogas à escravidão, em quase 8,5 mil ações fiscais. Nesta terça-feira (13), uma sessão plenária no Senado Federal lembrou a data.
O auditor-fiscal do Trabalho André Roston destacou as ações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do MTE ao longo desses anos e afirmou que foram pagos aos trabalhadores resgatados mais de R$ 157 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que presidiu a sessão, destacou os resultados da fiscalização contra o trabalho escravo.
Ao todo, no ano passado, mais de 5,7 mil pessoas foram alcançadas pelas fiscalizações, incluindo aquelas que, embora não estivessem em condições degradantes, tiveram outros direitos assegurados pela atuação dos auditores-fiscais do trabalho.
De acordo com a Classificação Nacional das Atividades Econômicas, as áreas com maior número de resgatados em 2024 foram: construção civil, cultivo de café, cultivo de cebola, serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita e horticultura.
Os estados com maior número de trabalhadores resgatadas em 2024 foram: Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Goiás, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. As fiscalizações ocorreram em todo o país.
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