Sousa/PB -

Prefeito de Areia vira as costas para a educação e fecha 10 escolas em um ano de gestão

Na mobilização, os professores denunciaram assedio moral, o não reajuste salarial

Da Redação Repórter PB

27/02/2018 às 16:51

Imagem Areia

Areia ‧ Foto: Divulgação

Tamanho da fonte

A educação no município de Areia, no Brejo paraibano, não é uma das prioridades da administração do prefeito João Francisco. De acordo com levantamento, no primeiro ano de gestão, mais de dez escolas municipais foram fechadas e a justificativa é a crise financeira. Isso mesmo. Para o prefeito João Francisco, educação é gasto desnecessário.

O fim das atividades das unidades escolares tem prejudicado principalmente as crianças da zona rural. Devido ao fechamento, algumas crianças chegam a caminhar 5 km para ter acesso a uma sala de aula. Em outros casos, uma escola foi improvisada e os alunos estudam embaixo de uma lona e os professores dão aula de forma voluntária sem receber nada por isso.

Alguns pais de alunos contestam a afirmação da crise. Eles acusam a Prefeitura de ir na contramão do desenvolvimento fechando escolas ao invés de construí-las e melhorá-las.

“Não podem tirar as únicas escolas que existem na zona rural. Fechar uma escola é fechar uma história e mudar a realidade dessas crianças. Somos pessoas carentes e não temos condição de vir todos os dias para a cidade, até porque não transporte. Está sendo muito difícil pra gente”, declarou uma mãe.

Por causa da decisão de fechar as escolas,  estudantes, professores, pais e mães fizeram um protesto na última segunda-feira (19), exigindo o não fechamento das unidades. Durante a mobilização os docentes relataram que tentam dialogar com a Prefeitura, mas não são atendidos.

Na mobilização, os professores denunciaram assedio moral, o não reajuste salarial, corte no transporte escolar para alunos que estudam escolas estaduais e outras irregularidades. Descumprindo a Lei do Piso Salarial, a Prefeitura não paga o mínimo determinado por Lei aos professores de Areia. Mesmo sem aumento salarial real, professores e funcionários se esforçam no trabalho educacional.

“A gente não aceita mais retrocessos calados. Vamos seguir na expectativa de luta e ter menos incertezas, onde os sonhos possam se concretizar. Na tentativa de ter nosso direito, vamos continuar mobilizando na expectativa de melhorias, disse.

 Confira a listagem das escolas que serão fechadas:

Escoa Antônio Pires Bezerra – localizada no Sítio Saboeiro de Caiana

Escola Maria Emília Maracajá – localizada no Sítio São José

Escola Luzia Coutinho Garcia – localizada no Sítio Tauá

Escola Dulce Serpa de Menezes – localizada no Sítio Riacho de Facas

Escola Nossa Senhora de Fátima – localizada no Sítio Gitó

Escola Elídio Pereira – localizada no Sítio Deserto

Escola José Rufino de Almeida – localizada no Sítio Vaca Brava

Escola Julia Emília – localizada no Sítio Lagoa de Barro

Escola Severino Sérgio – Localizada no Sítio Santo Antônio

Escola Olívio Jardelino da Costa – localizada no sítio Pirauá

Escola João Nunes de Aquino – localizada no Sítio Mangabinha

Escola Nazário José de Brito – localizada no Sítio Santana

Fundamental II da Escola Madre Trautlinde – localizada no Conjunto Mutirão

Fonte: Repórter PB

Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera

Comentários

Aviso Legal: Qualquer texto publicado na internet através do Repórter PB, não reflete a opinião deste site ou de seus autores e é de responsabilidade dos leitores que publicam.