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Museu de Viena expõe cabeça de índio brasileiro e vira alvo de críticas

Especialistas criticam o Weltmuseum por mostrar restos mortais de um representante de povos originários e não fornecer informações sobre a procedência do corpo

Da Redação Repórter PB

11/01/2018 às 09:34

Imagem Índio

Índio ‧ Foto: Divulgação

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Uma exposição do Weltmuseum, em Viena, tem causado polêmica por expor cabeça cortada usada como troféu de guerra pelos Munduruku, etnia indígena do Norte do Brasil.

De acordo com o jornal britânico “The Art Newspaper”, especialistas criticam a instituição por não informar sobre a procedência do corpo e das demais peças da mostra, datados do século XIX.

A curadora do museu, Claudia Augustat, afirma que a exposição segue as determinações do Conselho Internacional de Museus (Icom) para a exposição de restos humanos, mas não detalha como o artefato foi obtido.

Em entrevista ao jornal O Globo, a museóloga e coordenadora de Patrimônio Cultural do Museu do Índio do Rio, Ione Couto, alerta que o exibição desse tipo de peça exige cuidados específicos.

"É fundamental contextualizar com precisão este tipo de item, evitando abordagens que retratem estas culturas pelo viés do exotismo. O próprio Quai Branly (o Museu das Artes e Civilizações da África, Ásia, Oceania e Américas, em Paris) mudou seu modelo de exibição. Também fizemos uma mudança no Museu do Índio a partir de 2001, deixamos de ter mostras genéricas para focar em determinados grupos de cada vez", afirma Ione. Com Notícias Ao Minuto

Fonte: Repórter PB

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